Saúde
Saúde intensifica campanha e alerta sobre sintomas de arboviroses
Com mais de 93 mil casos prováveis de dengue, além de 11 mortes confirmadas e 104 em investigação perla doença apenas nas primeiras semanas de 2025, o Ministério da Saúde intensificou a campanha de conscientização e combate a arboviroses. O trabalho será intensificado sobretudo em estados com tendência de aumento de casos não apenas de dengue, mas também de Zika e chikungunya.
O foco da campanha está nos sintomas das doenças, incentivando a busca por unidades básicas de saúde (UBS) diante de sinais como manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos. A iniciativa, segundo a pasta, é direcionada aos seguintes estados: Acre, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e ao Distrito Federal.
A campanha alerta ainda para a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti e incentiva a população a dedicar 10 minutos por semana para controlar focos de reprodução do vetor. “A campanha é parte de um esforço maior do governo federal para reforçar a vigilância e a prevenção das arboviroses, especialmente no período chuvoso”, destacou o ministério em nota.
No comunicado, o ministério reforçou ainda a importância da vacinação contra a dengue como estratégia preventiva, “embora a disponibilidade de doses ainda dependa do fornecimento pelos fabricantes”. Atualmente, o imunizante Qdenga está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) apenas para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos.
Centro de Operações de Emergência
No início do ano, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue). A ideia é coordenar o planejamento e a reposta por meio do diálogo constante com estados, municípios, pesquisadores e instituições científicas, além de outras pastas.
Entre as ações previstas estão se antecipar ao período sazonal da dengue para adequar as redes de saúde; mitigar riscos para evitar casos e óbitos; ampliar medidas preventivas para melhor preparar estados e municípios, além de uma articulação nacional para resposta a eventuais situações classificadas como críticas.
Dados da pasta indicam que, para 2025, há previsão de aumento na incidência de casos de dengue em pelo menos seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Todos eles, segundo o ministério, estão sendo monitorados “ainda mais de perto”.
Reunião
Nesta quarta-feira (22), Nísia se reúne com representantes de conselhos, sociedade civil, sindicatos, federações, instituições de saúde, associações e especialistas no intuito de alinhar estratégias e ações de controle da dengue e outras arboviroses.
“A reunião é mais uma medida do Ministério da Saúde – por meio do COE Dengue – para articulação conjunta de ações estratégicas e monitoramento do cenário epidemiológico em todo o país”, informou o ministério.
Estão previstas as seguintes participações:
– Conselho Federal de Medicina;
– Conselho Federal de Enfermagem;
– Conselho Federal de Farmácia;
– Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional;
– Conselho Federal de Medicina Veterinária;
– Conselho Federal de Psicologia;
– Central Única dos Trabalhadores;
– Central Única das Favelas;
– Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior;
– Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil;
– União Nacional dos Estudantes;
– Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia;
– Instituto Todos Pela Saúde;
– Associação Brasileira de Municípios;
– Associação Nacional dos Prefeitos e Vice-Prefeitos;
– Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos;
– Serviço Social do Comércio;
– Serviço Social da Indústria;
– Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial;
– Federação Nacional de Jornalistas;
– Central Nacional Unimed;
– Central Geral dos Trabalhadores do Brasil;
– União Brasileira dos Estudantes Secundaristas;
– Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica;
– Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica;
– Confederação Nacional de Municípios(CNM).
Fonte: Agência Brasil
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