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Dia Mundial de Conscientização do Autismo reforça o papel da sociedade para a inclusão social

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Comemorado no dia 2 de abril, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo tem como objetivo disseminar informações à sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) para reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas com transtorno, colaborando para que elas sejam cada vez mais aceitas, compreendidas e incluídas socialmente.

O autismo é um transtorno crônico caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento. Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos dois aos três anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino. Mesmo assim, o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de estímulos para independência e qualidade de vida das crianças.

O superintendente de Gestão da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Rodrigo Torres, reforça a missão da Secretaria da Educação de dar todo o apoio às pessoas com espectro autista. “É importante darmos ênfase para o que é importante. Estamos comemorando hoje o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Acredito que evoluímos muito enquanto sociedade na identificação dos transtornos de espectro autista e isso é uma obrigação nossa, enquanto Seduc, de darmos todo o suporte para as famílias e as pessoas com espectro autista para que elas possam ter uma vida cada vez melhor, adaptadas à sua realidade. Tudo que essas pessoas precisam é ter condições em um ambiente adequado às suas características”, declara.

Sarah Vianna, funcionária do setor de Licitação da Seduc e mãe de uma filha diagnosticada com o Transtorno de Espectro Autista, mobilizou seus colegas de trabalho em um momento de celebração pelo dia que marca uma causa tão presente em sua vida. “Chamei minha filha para esse momento porque acredito que é um momento de fala para ela que tem um senso crítico muito aguçado. Ela pesquisa sobre isso porque quer que as pessoas a compreendam e a aceitem da forma que ela é. O autismo, assim como outras doenças neuro divergentes, são consideradas invisíveis, porque você olha para essas pessoas e não dá para dizer, de cara, que elas são autistas. Então como eles já são silenciados demais, como mãe, preciso fazer alguma coisa diferente. Não sou uma ativista, mas pensei por que não fazer essa mobilização no meu ambiente de trabalho, em um lugar como a Secretaria de Educação, pois tudo começa na escola, onde eles têm o primeiro contato com a sociedade e a oportunidade de conviver com as diferenças em aprender e se adaptar e como viver em sociedade. Esse momento foi muito emocionante porque todos os meus colegas abraçaram essa causa junto a mim e a minha filha”, relata.

Durante a celebração, Sophia Vianna, filha de Sarah, compartilhou com todos os presentes uma frase importante como conscientização e fez um alerta. “Não se trata de curar, e sim de compreender. Não se trata de julgar, e sim de acolher. Sou assim e não há mais ninguém que eu gostaria de ser. Se você tem um filho que possui transtorno de espectro autismo, escute o que ele ou ela tem para dizer. E se você tem um filho que não consegue falar, dê um tempo para ele, porque nem sempre nós atendemos através de palavras”, disse.

A Seduc, por meio da Gerência de Educação Especial (GEE), realiza atualmente Atendimento Educacional Especializado (AEE) em 156 escolas da Rede Estadual e em 6 centros especializados, atendendo alunos com deficiência e altas habilidades, dentre eles os que possuem Transtorno do Espectro Autista.

A gerente de Educação Especial da Seduc, Eleonora Sá, explica que a demanda por matrículas no AEE tem crescido muito nos últimos anos e enfatiza o trabalho que é desenvolvido pela Seduc. “Nas escolas da rede, temos muitos alunos matriculados com esse transtorno, onde oferecemos no contraturno, as salas de recursos multifuncionais e os centros especializados específicos para atender estudantes com essa deficiência intelectual, alunos com TEA. No AEE é trabalhada a parte pedagógica, a parte educacional. A Seduc mantém os centros especializados, no caso o Cies (Centro Integrado de Educação Especial) e o Ana Cordeiro, que oferecem além do AEE, também as terapias e apoios complementares até os 14 anos de idade. Existe a Associação de Amigos dos Autistas (AMA), que é uma ONG, que mantém um termo de colaboração, onde a Seduc cede funcionários para essa instituição, que atende especificamente o aluno com Autismo, é de grande importância esse atendimento no contraturno para proporcionar a inclusão deles na sociedade, tendo em vista que eles necessitam de um maior cuidado. É necessário que as famílias despertem para levarem seus filhos com esses transtornos para os atendimentos especializados”, finaliza.

 

 

Fonte: Governo do Piauí

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