Nossas redes sociais

Mundo

Sete dos 30 países da Otan cumpriram meta de gastos em 2022

Agência Brasil

Postado

em

Apenas sete dos 30 aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) cumpriram a meta de gastos no setor militar de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, anunciou nesta terça-feira (21) o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg. O número está abaixo do registrado em 2021, antes da invasão russa da Ucrânia, quando oito países-membros cumpriram o acordo.

“Como o PIB aumentou mais do que o esperado para alguns aliados, dois deles que deveriam ter atingido os 2% estão agora ligeiramente abaixo”, explicou o líder da organização em conferência de imprensa em Bruxelas, onde apresentou o relatório anual da Otan.

Stoltenberg aproveitou a ocasião para pedir aos membros da aliança que aumentem rapidamente os gastos no setor militar. “Não há dúvida de que precisamos fazer mais e mais rápido”, frisou.

“O ritmo que temos para o aumento dos gastos com a defesa não é alto o suficiente. Em um mundo mais perigoso, precisamos investir mais.”

A meta do investimento de 2% do PIB na defesa em uma década foi acordada durante uma cúpula da Otan, em 2014, restando apenas um ano para que os países-membros cumpram o objetivo.

Na ocasião a decisão foi tomada graças às ações da Rússia, que meses antes tinha anexado a península da Crimeia, motivando receios na Europa.

Agora, quase dez anos depois desse acordo e mais de um ano após a invasão russa da Ucrânia, os aliados da Otan vêm discutindo sobre como adaptar essa meta de gastos.

Em julho, durante a próxima cimeira da organização, deverá haver novidades sobre o tema. Jens Stoltenberg já antecipou que a meta de 2% do PIB deverá, futuramente, passar a ser o mínimo, em vez de um teto máximo.

Aviso à China

Na conferência de imprensa desta terça-feira, o secretário-geral da Otan também alertou a China sobre ser contra o fornecimento de armas à Rússia.

O aviso chega no momento em que os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin se encontram em Moscou para fortalecerem as suas relações estratégicas.

“Até agora não temos qualquer prova de que a China entregu armas letais à Rússia, mas vimos alguns sinais de que a Rússia fez esse pedido e que o assunto está sendo considerado pelas autoridades chinesas”, declarou Stoltenberg.

“A China não deve fornecer ajuda letal à Rússia, pois isso significaria apoiar uma guerra ilegal”, insistiu.

Stoltenberg considerou ainda que Pequim deve dialogar “diretamente” com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se quiser que seu plano de paz – apresentado no mês passado – seja levado a sério.

“Cabe à Ucrânia decidir quais são as condições aceitáveis para qualquer solução pacífica”, lembrou o secretário-geral da Otan, acrescentando que “a China deve entender o ponto de vista” de Kiev.

“Qualquer solução de paz para a Ucrânia deve ser baseada no respeito pela integridade territorial e soberania da Ucrânia.”

“Um cessar-fogo ou qualquer solução que não respeite estes pontos será apenas uma forma de congelar a guerra e permitir que a Rússia reconstrua as suas forças e ataque novamente. Não será uma paz justa e duradoura”, acrescentou Stoltenberg.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Fonte: Agência Brasil

Em alta