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FMI diz para ricos da América Latina pagarem parcela justa de impostos

Agência Brasil

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O aumento da pobreza e da insegurança alimentar traça um quadro sombrio para a América Latina e o Caribe em 2023, e a confiança no governo permanecerá baixa enquanto a corrupção permanecer alta e os ricos não pagarem sua parcela justa em impostos, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira (1°).

A desaceleração do crescimento econômico da América Latina e a inflação alta podem desencadear ainda mais a agitação social já fervilhante, já que “muitas pessoas na região verão seus padrões de vida declinar este ano”, escreveram autoridades do FMI em um blog, dentre elas Nigel Chalk, vice-diretor do departamento do FMI para o Hemisfério Ocidental.

“Encontrar um terreno comum para buscar reformas econômicas sensatas em um ambiente de importantes tensões sociais será uma batalha difícil”.

O foco do FMI neste contexto é o que o setor público pode fazer para que os cidadãos comuns sintam que seu governo está trabalhando para elevar seus padrões de vida, ao mesmo tempo em que combate a corrupção, disse Chalk à Reuters, ao acrescentar: “defendemos muito uma reforma tributária progressiva na região”.

“Acho muito importante que os ricos paguem o que deveriam pagar pelos impostos, e as corporações ricas também.”

Ele disse que isso não significa necessariamente impostos mais altos, mas melhores maneiras de reduzir a evasão fiscal e as brechas.

O FMI disse na segunda-feira (31) que a taxa de crescimento econômico da América Latina e do Caribe deve desacelerar ainda mais para 1,8% este ano, depois de cair para 3,9% em 2022, de 7% em 2021, de acordo com o mais recente Panorama Econômico Mundial. O crescimento deve acelerar novamente em 2024, embora ainda lento em 2,1%.

Taxas de juros mais altas e preços de commodities em queda prejudicaram o crescimento econômico na região no ano passado e podem ser acompanhados em 2023 por uma desaceleração nos Estados Unidos e na zona do euro, principais parceiros comerciais, disse o FMI.

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Fonte: Agência Brasil

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