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Prêmio Paralímpicos: Willians Araújo e Carol Santiago são os destaques

Agência Brasil

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O ponto alto do segundo dia de entrega dos troféus do Prêmio Paralímpicos de 2022, realizado nesta quinta-feira (9) no Tokio Marine Hall, em São Paulo, foi a divulgação dos vencedores dos prêmios de melhores atletas masculino e feminino da temporada.

No naipe masculino, o grande destaque foi o judoca Willians Araújo, da classe J1 (cego total). O paraibano teve uma temporada perfeita, na qual venceu 24 lutas, sendo 23 por ippon, e conquistou sete medalhas de ouro, sendo a principal delas a do Campeonato Mundial disputado no Azerbaijão na categoria pesado (acima de 90 kg).

O atleta já havia conquistado o troféu de melhor judoca na noite de quarta-feira (8). “Passei por duas cirurgias complicadas de ligamento cruzado no joelho. Momento bem complicado. Agora é continuar treinando e pensar na minha maior conquista, minha filha Carolina, que vai nascer nesse mês. Isto é fruto de um trabalho de muitas pessoas. Eu entro lá para ganhar lutas e conquistar medalhas”, disse o judoca (que já foi o melhor atleta paralímpico do judô nas temporadas de 2014 e 2015) à assessoria da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).

Wilians perdeu a visão aos 10 anos em um acidente com tiro de espingarda e começou a praticar judô oito anos depois. Ele tentou praticar natação e futebol de cegos, mas não se adaptou e teve um melhor desempenho no tatame.

Entre as mulheres, o prêmio de melhor atleta ficou com a nadadora pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (deficientes visuais). O destaque da atleta na atual temporada foi protagonizado no Mundial da Ilha da Madeira. Ela ficou com o ouro nos 100 metros borboleta, nos 100 metros livre, nos 50 metros livre, nos 100 metros peito e nos revezamentos 4×100 medley e 4×100 livre, além de conquistar a medalha de prata nos 100 metros costas.

Na última quarta-feira (8), Carol Santiago recebeu o prêmio de melhor atleta de natação. Carol nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Ela praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.

Fonte: Agência Brasil

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