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Educação

Escolas técnicas e faculdades de tecnologia paulistas entram greve

Agência Brasil

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Professores e funcionários das escolas técnicas estaduais (Etecs) e faculdades de tecnologia (Fatecs) do estado de São Paulo entraram em greve nesta terça-feira (8) por tempo indeterminado. Pelo menos 90 unidades, de 310, aderiram ao movimento em todo o estado, informou o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps).

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial que reponha a inflação, definição de data para pagamento do bônus da educação e definição das discussões sobre a carreira. Em 13 de julho, os trabalhadores fizeram paralisação de um dia como alerta.

“Estamos entrando em greve porque nossa pauta não foi atendida nos itens econômicos mais importantes. O reajuste salarial ficou muito aquém daquilo que deveria, que seria pelo menos repor a inflação do período. O bônus não tem ainda uma data correta para o pagamento, e a questão da carreira, que era para fechar a discussão em junho e ir para o governo estadual, ainda não tem data. E já estamos tentando esse diálogo desde janeiro”, disse a secretária-geral do Sinteps, Neusa Santana Alves.

Segundo Neusa Alves, quando o governo estadual anunciou que reajustaria o salário para a segurança em até 34%, a categoria acreditou que seu reajuste seria a partir de 15%, mas o aumento oferecido foi de 6%. “Quando ele [governo] falou que iria verificar o valor para os outros setores, nós imaginávamos que não seria uma coisa tão boa, mas que seria minimamente a inflação do período. A insatisfação é geral”.

Neusa destacou que o descontentamento ocorre também porque, durante o período da pandemia de covid-19, todos os servidores cederam os seus benefícios, como sexta parte e quinquênios, entre outros e que não foram repostos, como se acreditava que aconteceria. “Na verdade, não foi não houve compromisso nem do governo anterior, nem do atual. Tudo isso acabou acarretando mais ainda a questão do arrocho salarial de todos.”

Ato e passeata

Nesta tarde, os professores e funcionários se reunirão no campus da Fatec, na Praça Coronel Fernando Prestes, nº 74, mesmo prédio onde está instalado o Sinteps. Dali, saem em passeata pela Avenida Tiradentes, rumo à administração central do Centro Paula Souza, na Rua dos Andradas, 140, bairro Santa Ifigênia.

De acordo com o sindicato, a realização do ato no campus da Fatec tem o objetivo de demonstrar indignação com a decisão do governo estadual de “ceder” as instalações do prédio a uma universidade privada. Além de reforçar os quatro eixos da greve (reajuste, bônus, carreira e defesa das escolas do centro), o ato também dará visibilidade à luta contra a entrega do prédio histórico, que conta com o apoio das entidades estudantis.

Centro Paula Souza

Em nota, o Centro Paula Souza diz que trabalha para valorizar seus servidores. Segundo o CPS, a bonificação por resultados, referente ao ano de 2022, por exemplo, já foi publicada no Diário Oficial do Estado e será o paga até outubro, podendo ser antecipada para setembro. A nota acrescenta que o atual governo, já em seu primeiro ano, concedeu reajuste acima da inflação para os servidores públicos.

“O estudo para o novo plano de carreiras dos servidores do CPS está em andamento e contava, até o dia 23 de junho, com a participação de representantes do sindicato, que optaram por se desligar do grupo de trabalho. A proposta do novo plano de carreira será encaminhada às instâncias responsáveis pela sua análise até setembro, e as contribuições do Centro Paula Souza serão avaliadas. O investimento nas etecs e fatecs para ampliar as oportunidades de acesso à formação profissional gratuita em São Paulo é compromisso da atual gestão”, diz o texto.

O CPS acrescenta que adotará todas as medidas necessárias para garantir que os estudantes não sejam prejudicados.

Texto ampliado às 16h04 para incluir posiconamento do Centro Paula Souza

Fonte: Agência Brasil

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